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Primeiro cultivo experimental de camarão marinho em águas continentais

O “primeiro policultivo experimental de carpa-capim com camarão marinho, Litopenaeus vannamei, em águas continentais” foi realizado pela APTA Regional Centro Leste, vinculada à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, em parceria com a Universidade Federal de São Carlos (UFSCar). O ensaio foi conduzido pelo pesquisador Fábio Rosa Sussel, da Unidade de Pesquisa e Desenvolvimento (UPD) de Pirassununga, e pela professora Luciana Thie Seki Dias (UFSCar). 
O objetivo do experimento foi avaliar o desenvolvimento de carpas-capim estocadas em tanques-rede de 1 m3, alocados dentro de tanque escavado revestido com geomembrana de 180 m2. As carpas-capim foram alimentadas com rações artesanais (com proteína ao redor de 14-17% PB) formuladas a partir de plantas leguminosas do semi-árido brasileiro.
Sussel explica que o experimento foi realizado com cinco tratamentos (quatro rações artesanais e uma comercial) e quatro repetições, perfazendo um total de 20 unidades experimentais. O camarão, cultivado solto no viveiro, não recebeu ração, apenas as carpas. A salinidade da água foi ajustada para 5, utilizando-se sal comum, e a alcalinidade, para 80, utilizando-se calcário dolomítico.
A sobrevivência do camarão foi baixa, devido provavelmente à predação por larvas de libélula, já que houve problemas com a remessa das primeiras pós-larvas que vieram de Natal (RN). Neste caso, foi necessária uma segunda remessa de larvas, que resultou num intervalo de quinze dias, suficiente para uma infestação considerável das referidas larvas. Sussel considera que a baixa sobrevivência deveu-se a este fato.
Os camarões sobreviventes apresentaram um crescimento surpreendente. Em 116 dias, pesaram 17 gramas de média. O pesquisador ficou satisfeito com o resultado; no próximo verão, o experimento será repetido. Agora, no inverno, a equipe pretende fazer um novo povoamento sem finalidade experimental, apenas uma observação.
A sobrevivência das carpas ficou acima de 90%, suportando bem a água salobra de 5. O crescimento ficou dentro do esperado para a espécie, porém não foi possível atingir o tamanho comercial, já que o tempo de cultivo do camarão foi limitante para a espécie. No próximo experimento, a ser realizado nas mesmas condições que o atual, o tamanho inicial das carpas será maior, para que alcancem o tamanho comercial.
Mais informações podem ser obtidas pelo e-mail: sussel@apta.sp.gov.br
Adaptação do texto do jornalista Antonio Carlos Simões, do Centro de Comunicação do Instituto de Pesca
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424

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