O secretário de Agricultura e Abastecimento, João Sampaio, inaugura no dia 11 de agosto, às 16h30, na cidade de São Paulo, o Laboratório de Análise de Qualidade de Água Instituto de Pesca (IP-APTA), que vai atender demandas do agronegócio e mesmo do setor industrial, além de fornecer subsídios a políticas públicas. O evento será durante a abertura da “IX Reunião Científica do Instituto de Pesca”, que acontece no período de 11 a 14 de agosto no Parque da Água Branca, em conjunto com o I Encontro de Pós-Graduação e o IV Simpósio de Iniciação Científica da instituição.
Trata-se de um dos únicos laboratórios no Brasil que concentra, numa única unidade, análises físicas, químicas e biológicas da água, dentro da abordagem de dar suporte à sustentabilidade ambiental das inúmeras atividades relacionadas ao meio aquático, informa o pesquisador Julio Vicente Lombardi, assessor da diretoria do Instituto de Pesca. Assim, a Secretaria de Agricultura e Abastecimento será o primeiro órgão público qualificado a atender os diferentes setores do agronegócio, particularmente as atividades voltadas à pesca e à aquicultura, grandes dependentes da qualidade dos recursos hídricos.
O laboratório também atenderá à demanda de outros setores não-vinculados diretamente ao agronegócio, acrescenta Lombardi. “O setor industrial, por exemplo, que necessita de análises frequentes para avaliar a qualidade de seus efluentes líquidos. Esse laboratório vai dar atendimento a qualquer setor que tenha alguma interface com o meio aquático. Os principais ensaios laboratoriais incluem análises ambientais que fornecem subsídios às medidas de preservação da vida aquática.”
O laboratório irá permitir ao aquicultor analisar a qualidade da água antes da sua captação, durante a atividade (para melhorar a produção) e depois de seu uso (para assegurar que essa atividade não esteja poluindo o meio ambiente), explica Lombardi. “Antigamente, o aquicultor se preocupava mais com a qualidade da água que chegava ao empreendimento, para dar possibilidade de se criar o organismo aquático. Todavia, não existia qualquer preocupação com a qualidade da água que saía dos viveiros de criação e que era depositada no meio ambiente”, explica Lombardi. “Hoje, essa preocupação já existe e nós já possuímos uma ideia sobre as implicações do lançamento de efluentes de cada tipo de atividade, seja ela piscicultura, carcinicultura (criação de camarão), ranicultura ou qualquer outro organismo.”
O laboratório ainda deverá dar suporte às análises envolvidas nos processos de regulação do uso e ao monitoramento da água, dentro da Política Nacional de Recursos Hídricos. Assim, garantirá um sistema de informações sólido e eficiente com respeito à gestão desse recurso no âmbito nacional, diz Lombardi. “Ele vai servir tanto para o produtor controlar o seu nível de poluição, de lançamento de efluentes, quanto para os órgãos ambientais ditarem regras sobre esse tipo de monitoramento. Esse laboratório tem condições de fazer análises físicas, químicas e de parâmetros biológicos, em comum acordo com a resolução do CONAMA no 357/2005, que dita limites para esse tipo de controle.”
Investimentos
O Governo do Estado investiu, em 2008 e 2009, o montante de R$ 477.177,92 na adequação e modernização do Laboratório de Análise da Qualidade da Água do Instituto de Pesca. Desse total, R$ 377.177,92 foram destinados a obras civis (adequação do antigo e desativado galpão de inseminação artificial do Parque da Água Branca). Os R$ 100 mil restantes foram utilizados na fabricação e instalação de mobiliário específico para laboratório (bancadas, capelas de exaustão, etc.).
Com esses investimentos, a estrutura física está pronta para a implantação do sistema de qualidade com vistas à certificação, explica Júlio Lombardi. O objetivo é buscar a ISO 9001:2000, voltada para a gestão, e a ISO 17025 (específica para laboratório).
IX Reunião Científica
A IX Reunião Científica do Instituto de Pesca (ReCIP), no período de 11 a 14 de agosto, vai abordar o tema “Recursos pesqueiros e aquícolas: interfaces ambiental , social e econômica”. Em paralelo, ocorrerão o I Encontro de Pós-Graduação do Instituto de Pesca e o IV Simpósio de Iniciação Científica do Instituto de Pesca.
Os eventos, que fazem parte da comemoração dos 40 anos da fundação do Instituto de Pesca, são destinados a pesquisadores em geral, professores universitários e estudantes de nível superior. Palestras e mesas redondas compõem a programação das sessões técnicas. A apresentação de resumos científicos também integra o programa, mediante exposição de painéis durante três dias consecutivos (12, 13 e 14 de agosto).
A Reunião Científica dá abertura tanto para pesquisadores do Instituto de Pesca quanto para a participação de pesquisadores de outras instituições, diz Lombardi. Entre os destaques, ele cita a presença de algumas agências e/ou instituições de fomento (FAPESP, Ministério da Pesca e Aquicultura, FUNDEPAG, etc.) para dar orientação geral sobre as oportunidades proporcionadas para a condução de projetos de pesquisa. Além de palestrantes do próprio Instituto de Pesca, vão falar representantes do Sindicato da Indústria de Pesca do Estado, IBAMA, Universidade Estadual de Maringá, Hidrelétrica Itaipu Binacional, Universidade Federal de Lavras, Ministério da Pesca e Aqüicultura e CATI, entre outros.
Já o Simpósio de Iniciação Científica é um espaço para os bolsistas do CNPq que atuam no Instituto de Pesca. Cada bolsa de iniciação, que tem duração de um ano, culmina com a apresentação dos resultados de pesquisa dos bolsistas. Nesse simpósio, existe a possibilidade de alunos de outras instituições também apresentarem os seus trabalhos.
A Reunião Científica do Instituto de Pesca, bem como o Encontro de Pós-graduandos e o Simpósio de Iniciação Científica, será realizada no auditório Paulinho Nogueira, Parque da Água Branca, Avenida Francisco Matarazzo, 455 – São Paulo – SP.
Assessoria de Comunicação da APTA
José Venâncio de Resende
(11) 5067-0424
Acompanhe a Secretaria de Agricultura pelo Twitter