Sistema Protegido do Banco Ativo de Germoplasma (BAG) de Citros do Centro de Citricultura “Sylvio Moreira” – IAC será inaugurado, dia 26 de outubro (segunda-feira), às 17 horas, em Cordeirópolis (SP). O centro, que pertence ao Instituto Agronômico (IAC-APTA) vinculado à Secretaria de Agricultura e Abastecimento, tem a maior coleção de citros do mundo. No evento, a Unidade receberá também o certificado da ISO 9001:2008, relacionada à Gestão de Qualidade.
O BAG é uma coleção de plantas vivas usadas nas pesquisas com melhoramento genético vegetal. A partir dessa coletânea, é possível identificar as características agronômicas e comerciais desejáveis e então, por meio de cruzamentos, desenvolver variedades de citros com melhor resistência a pragas e doenças, sabor, cor e aroma apreciados pelos consumidores, bem como “tempo de prateleira” que atenda à necessidade do comércio.
Para preservar a coleção com cerca de 1.700 plantas, foi construída uma estufa de 2.400 m2, onde será possível abrigar 30% da coleção, aproximadamente. A obra foi feita com recursos do Governo Paulista. Em torno de R$ 260 mil foram investidos. Com a estufa, o objetivo é proteger as plantas de pragas e doenças, intempéries climáticas e até do ataque de formigas. São feitas cópias das plantas, preservadas no telado. É um backup vegetal, pode-se dizer assim.
Em geral, plantas perenes, como a laranja, não são mantidas em estufas, permanecem em campo aberto. Porém, adotou-se o sistema protegido com o objetivo de garantir os materiais indispensáveis à pesquisa agrícola e frente aos desafios fitossanitários permanentes do setor citrícola — em especial o greening (HLB - huanglongbing).
Segundo José Dagoberto De Negri, engenheiro agronômo do Centro de Citricultura, foram encaminhadas a essa primeira estufa as plantas mais velhas, de valor genético indispensável. “São clones velhos que não têm cópias em clone novo”, explica. Na estufa — onde cada exemplar fica em vaso de 65 litros — há materiais cítricos diversos (laranja, limão, tangerina, pomelo, laranja azeda, porta-enxertos, etc.).
No Banco de Germoplasma, há três unidades de plantas de cada variedade colecionada. De acordo com Dagoberto, a pesquisa tem materiais preservados que os produtores nem conhecem. Mas, ressalta, essas plantas podem ser usadas no futuro no melhoramento genético. Outros dois telados ainda deverão ser implantados para abrigar todo o BAG.
Vale ressaltar que as plantas utilizadas na ciência estão sujeitas aos mesmos riscos que as cultivadas em propriedades particulares. O grande problema é que sem elas não há pesquisa, não há avanço, não há soluções para o setor produtivo. Por isso, o cuidado com o banco de germoplasma é de primeira necessidade. Os pesquisadores costumam dizer que — pela sua relevância para a sociedade como um todo — essas coleções de plantas constituem patrimônio nacional e deveriam ser cuidadas como tal.
A nova estufa do Centro de Citricultura do IAC representa uma ação importante na preservação dos materiais, inclusive nas atividades de combate ao greening, doença severa que obriga a destruição total das plantas e se constitui em enorme desafio atual para o setor citrícola e para a ciência.
Link: íntegra da reportagem da jornalista Carla Gomes em Noticias IAC
SERVIÇO
Cerimônia comemorativa de conquistas do Centro de Citricultura “Sylvio Moreira”- IAC – inauguração do Sistema Protegido do Banco Ativo de Germoplasma e certificado da ISO 9001:2008 relacionada ao Sistema de Gestão de Qualidade
Data: 26 de setembro de 2009.
Horário: 17h
Local: Centro de Citricultura “Sylvio Moreira” - IAC - Local: Centro de Citricultura “Sylvio Moreira”-IAC - Cordeirópolis – rod. Anhanguera, km 158
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