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ITAL e IAC desenvolvem tecnologia inédita para obtenção de ingrediente fonte de cafeína, sem o uso de solventes
Obtido a partir da casca de café e
com aplicação na indústria, produto será apresentado pela
primeira vez no AgriFutura – Inovações no Agronegócio
Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Alimentos
(ITAL-APTA) e do Instituto Agronômico (IAC-APTA), da Secretaria
de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo,
desenvolveram tecnologia inédita para obtenção de ingredientes a
partir da casca do café robusta, sem o uso de solventes. O
ingrediente natural aquoso e seco pode ser usado como fonte de
cafeína na indústria de alimentos e bebidas não alcoólicas de
baixo valor calórico e energético natural, além de ter aplicação
na formulação de cosméticos e fármacos naturais. O processo teve
pedido de patente depositado no Instituto Nacional de
Propriedade Intelectual (INPI). O ITAL e o IAC são ligados
à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), órgão
da Secretaria.
A tecnologia será apresentada pela primeira vez no evento
AgriFutura – Inovação no Agronegócio, que será realizado em 3 e
4 de março de 2018, das 8h30 às 19h, na Sede do Instituto
Biológico, em São Paulo, Capital. O evento é gratuito e contará
com mostra de start-ups, fórum, hackathon, mostra de pesquisa e
exposição de inovações.
De acordo com Gisele Anne Camargo, pesquisadora do ITAL, os
produtos disponíveis atualmente no mercado como fonte de cafeína
passam por processo de extração com o uso de diferentes
solventes. Além disso, não há no mercado fontes provenientes de
resíduos da agroindústria do café, cultura que ocupa a segunda
posição nas commodities de maior valor no mundo. “Este novo
processo diminui o descarte de resíduos orgânicos e por não
utilizar solvente é considerado uma ‘tecnologia verde’”, explica
a pesquisadora que é também diretora da Rede NIT-APTA.
O ingrediente apresenta teores de cafeína de 500 a 2000
µg (micrograma por quilo), além de
polifenois, epicatequina e ácidos clorogênicos. “Ele tem
aplicação direta em formulações de produtos alimentícios e com
refino poderá ser usado em cosméticos e fármacos naturais. O
processo pode ser aplicado em pequenas e médias propriedades de
café, além de associações e cooperativas”, afirma Gisele, que
desenvolveu o processo em conjunto com a pesquisadora do IAC,
Terezinha de Jesus Garcia Salva.
As empresas interessadas em licenciar a tecnologia podem entrar
em contato com a Rede NIT-APTA, pelo e-mail
nit@apta.sp.gov.br
e o telefone (19) 2137-8930.
AgriFutura – Inovações no Agronegócio
Durante o AgriFutura – Inovações no Agronegócio, a APTA e seus
seis Institutos e 14 Polos regionais de pesquisa apresentarão
palestras e farão a moderação de mesas em pós-colheita e
horticultura, genética e proteção biológica na fruticultura,
tendências de derivados de leite, biotecnologia em café e
tecnologias em grãos, cana, laranja e pecuária de corte. A
Agência também reunirá suas propostas de inovação para o
agronegócio em um estande.
O AgriFutura será realizado pela Secretaria de Agricultura e
Abastecimento do Estado de São Paulo, APTA, Fundação de
Desenvolvimento de Pesquisa do Agronegócio (Fundepag) e Agência
Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI). As inscrições
são gratuitas e podem ser feitas no site
www.agrifutura.com.br.
“Esta primeira edição do evento tem o objetivo de mostrar o que
está sendo feito para modernizar a agricultura. O AgriFutura
reunirá produtores rurais, pesquisadores, investidores,
indústrias, comerciantes, start-ups, desenvolvedores, criadores,
transformadores e hackers, em um ambiente propicio para o
compartilhamento de ideias. Ações como essa estão alinhadas com
as diretrizes do governador Geraldo Alckmin”, afirma Arnaldo
Jardim, secretário de Agricultura e Abastecimento do Estado de
São Paulo.
Por Fernanda Domiciano
Assessoria de Imprensa – APTA
(19) 2137-8933